quarta-feira, 16 de abril de 2014

PREPARA!!!!!!!!! – e prepara, mesmo que a coisa é feia

Eu adoro musica, sei que “quem canta, seus males espanta” – mas convenhamos..... Musica.

Meus amigos DJs se divertem com minha indignação. Concordo que tenho um gosto atípico da atualidade e que certas “musicas” (se podemos chamar assim????) é o que fazem  o sucesso da balada. Mas badalar envolvida com os amigos, com a bebida, com o clima de festa é uma coisa – é ligado no automático e duvido que alguém pare para prestar atenção nas letras que estão “declamando”. Para mim, que estou a trabalho, sóbria, nos bastidores da festa – nem tenho palavras para definir, pois simplesmente, não existe palavras nas musicas.

“bara-bara-bara-, berê-berê berê” – quanta poesia!!!!! – ainda o cantor, diz sem vergonha nenhuma, que consegui comprar um jatinho com seu sucesso.

“lepo-lepo-lepo”, ou “só no cavalinho” – deixa qualquer uma “piradinha”.

Como mulher, me recuso a ouvir “safada, cretina, malcriada, sem-vergonha, carente, apaixonada, doente, minha vida...” – é muita falta de amor próprio cantar isso em uma pista de dança. Ou, “gosta quando dança empinadinha” (e tem quem gosta de dançar assim), pior:

“late, late, late, que eu tô passando – é em defesa dos animais??????????

Já teve até “tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha” – ainda bem que essa já foi.

Genteeeeeee – reconheço que sou mais velha, de outros tempos, mas convivo na atualidade e com jovens.  Musica, no sentido literal da palavra, ‘é uma atividade artística que nasce de uma visão subjetiva do artista’ que , creio eu, visa provocar, também alguma emoção em quem a ouve.

Gostaria que fosse uma emoção positiva, elogiosa, não chula, depravante, vulgar,  onde prega da bebedeira ao sexo, totalmente desconexa – lembram-se “vamos embora, pra um bar, beber, cair, levantar...” –também, já em desuso, substituída por coisa pior.

Pra onde vamos???????????????? A questão está na aceitação, na graça aplaudida pelo púbico,  que bate palmas sem pensar. Robotizados.

“e por falar em saudade, onde anda...” Milton Nascimento, Caetano Veloso, ivete Sangalo, Zélia Ducan, Tom Jobim (esse já foi antes da atual algazarra), mas temos que buscar conteúdo, a musica como cultura, qualidade artística, crescimento (atualmente, se seguir ao pé da letra, corre o risco de só crescer a barriga hshs).

Continuo afirmando que o que faz a festa é a musica – sempre disse isso. Mas me recuso a entrar nesse contexto musical. Em meu carro jamais entra um bara-berê....

É uma questão de se valorizar e não se encaixar nessas letras de baixo calão, depreciativa, mas que, infelizmente – sacode a moçada.

Na intimidade de seu quarto, bote o disco pra tocar e olhe no espelho – se você se encaixar na letra – tudo bem, caso contrário – se dê ao real valor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...